
Quanto
mais dura for a provação, maior e mais profunda será a transformação.
Só o
processo nos permite saber mais sobre nós e principalmente sobre a Vida. Só o
processo é capaz de nos arrastar para aquele espaço escuro onde nada parece fazer
sentido, onde tudo dói, onde confrontamos os nossos maiores medos, os nossos viscerais
apegos, as nossas desnecessárias impotências e ilusões.
Mas
como tudo na Vida é dual, é no processo também que nos deparamos com a nossa incrível
força motriz, com a nossa coragem e com a fé profunda, que resgatamos ao integrar
e aceitar que ‘apenas’ somos uma Alma eterna a viajar num corpo físico, cujo prazo
de validade não será estabelecido por nós, mas sim pela Vida.
Quando
abraçamos a certeza de que tudo está absolutamente certo, para acertar o que em
nós ainda não se ‘acertou’ , uma paz profunda naturalmente toma conta de nós.
É o princípio
da Esperança.
Não da
esperança de ver concedidos os nossos desejos, mas da verdadeira esperança.
Aquela
em que indubitavelmente confiamos na Vida, nos seus ciclos, na sua
impermanência e na sua sabedoria.
Aquela onde aos nossos desejos se sobrepõe
a terna aceitação de acolher com Amor a vontade da Vida, para que um dia
possamos finalmente integrar a poderosa e vertical força das árvores, aceitar eterno fluxo da Vida, aprendendo a…nada
desejar!
…talvez esse sim, seja o dia do nosso
(re)nascimento….
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